quinta-feira, 22 de maio de 2008

Volta em breve!

Em breve, estaremos de volta com várias novidades no blog! Aguarde! :)

quinta-feira, 1 de maio de 2008

...

Alguns dizem que as almas choram.
Pela primeira vez, ouvi, hoje, o choro de uma alma. Você o reconhece sem titubear. Não é um choro qualquer, é um choro desesperado, desenfreado, desengoçado, sofrido. Parece poder ser ouvido aos quatro cantos do mundo e, ao mesmo tempo, ser direcionado para uma pessoa só, uma de cada vez, como se dissesse para seu alvo: "Venha, chore comigo! Por mim!". É Irracional, incontrolável, imoral.
Cada espasmo traz consigo o choro de uma pessoa diferente. Para a vítima de tal desespero, eu sei que o mundo parece nem se importar com sua dor. Os pássaros continuam a cantar; as borboletas a voar; as flores a brotar; os coveiros a cavar; os vivos a morrer... mas essa vítima deve saber que, por maior que tenha sido sua perda, não lhe dá o direito de ser egoísta. Nunca. Tal vítima também deve saber que problemas são feitos para serem enfrentados, e não para lhe parar, por isso, nunca se deve fugir a um problema, seja por meio de drogas, bebidas ou suicídio, e sim superá-lo. O maior erro de alguns é deixar esses problemas pra trás, no passado, esquecidos. Problemas, assim como não feitos para parar pessoas, também não são feitos para ser esquecidos. Esquecer um problema é esquecer que ele existiu, é esquecer como superá-lo. Um problema que traz à tona o choro de uma alma acontece mais de uma vez na vida e exige ser superado novamente.
Tais choros são os mais doloridos e os mais verdadeiros.
Tais choros acontecem quando menos esperamos ou quando mais temos certeza, ele continua com a mesma força.
Tais choros devem nos impulsionar a subir mais um degrau e não a descer dois.
Tais choros simbolizam a eternização de seu motivo, que devem vir a se tornar imortais depois do choro.
Por isso, tais choros servem pra que sempre lembremos de tais choros, pra que sempre lembremos pelo que choramos, para que sempre lembremos de seus motivos.

Pê, você não é só apenas Pê. Você é Pê-a-i, você é o que te fizeram, ou, devo dizer, o que te fizemos?
Você é meu primo, você é meu irmão.
Eu te amo, cara, não esquece disso.

Um abraço dos que você já conhece, Ramon.

Para meu querido pai...


Hoje, no pior dia de toda a minha vida, sento-me infeliz em escrever esta pequena homenagem ao meu eterno Capitão. O homem que me deu tudo em vida. Amor, carinho, compreensão, conselhos, tudo. E a tudo isso sou grato a tudo.

Quando eu era pequeno, meus pais se separaram por um tempo. Para mim, foi muito ruim. Mas houve um lado bom com tudo isso. Ele estava dormindo na casa da minha vó. Eu só podia vê-lo aos finais de semana. Geralmente, quando eu chegava lá, ele estava sempre dormindo em sua rede. Eu entrava vagarosamente no quarto, e o beijava. Ele acordava, abraçava-me, aquilo era tudo para mim. Tudo. Nessa época, eu o chamava de "Meu Capitão". Sempre pude contar com ele para tudo. Ele era meu pai, meu companheiro, meu amigo.

Hoje, 1º de maio de 2008, por volta das 2h30min da manhã, ele veio a falecer. Justo ele, que tanto adorava trabalhar, morreu no dia do trabalho. Ontem eu dormi tarde, por hoje ser feriado. Por volta de 1h da manhã, não sei porque, mas tive vontade de ligar para ele e perguntar como estava. Não fiz, coisa que me arrependo.

Última vez que eu pude abraçá-lo, beijá-lo e dizer que amava-o, foi quando eu estava na casa da minha avó. Ele tinha acabado de me deixar em Fortaleza, e logo voltaria para Pentecoste. Eu o abracei com força. Forte. Mas jamais pensei que aquela despedida de quem vai viajar, seria a minha última despedida, para ele ir para um outro lugar.

Fumava três carteiras de cigarro por dia. Vivia estressado. Mas, ainda assim, sabia viver com os amigos, com a família. Sua morte surpreendeu a todos. Foi algo que ninguém esperava.

Cheio de amigos, amigos que adorava e era adorado pelos memsos. Eu gostaria de agradecer a ele por tudo. Por seu exemplo de ética, de honestidade, perseverança e, acima de tudo, seu exemplo de amor.

O mais estranho, é que eu não sinto que ele tenha partido. Parece que, quando eu for para pentecoste, ele vai estar de pé, com seu sorriso no rosto destacado pelos bigodes grisalhos, de braços abertos, pronto para me abraçar e me beijar.

Gostaria de agradecer, em nome dele, por todas as pessoas que ele tanto gostava. Pois, em nossa mente, ele sempre estará conosco, guiando nossos passos. Sempre nos lembraremos dele sorrindo, alegre e feliz.

Pai, eu só gostaria de ter sido um filho melhor. Só queria ter te decepcionado menos. Eu te amo. Obrigado.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Afro Samurai

****
Dublado e co-produzido pelo ator norte-americano Samuel L. Jackson (Jumper; Star Wars Episódio III), que é fã de mangás, feito pelo estúdio GONZO, Afro Samurai narra a história de um espadachin em busca de vingança. Passando-se em um futuro que tem como cenário o Japão Feudal, há uma lenda urbana que diz que quem tiver a bandana simbólica "Número Um" torna-se um rei. O que tiver a "Número Dois", por sua vez, vive em uma verdadeira guerra contra milhares de guerreiros de todos os lugares, pois, para poder desafiar o "Número Um", é preciso ter a Bandana Dois.

Um curto anime de apenas 5 episódios (que custou 1 Milhão de dólares cada, um recorde do estúdio GONZO) feito para televisão. No Brasil, foi exibido pela MTV em novembro de 2007.

Pode-se baixar os episódios pelo AnimeForces.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

CDZ - A Nova Era (Capítulo Um)

Capítulo Um

Já eram mais de duas horas da madrugada. Fazia neve em New York, porém, um homem estava a observar a cidade, agachado na ponta da tocha da Estátua da Liberdade. A cidade estava muito diferente. No lugar de prédios e casas, só havia escombros. O homem podia observar alguns mendigos fazendo uma fogueira dentro de uma lata de lixo. Ele se levantou. Suas roupas não eram lá das mais elegantes, ele usava um jeans bem velho, uma camiseta preta, um casaco marrom e um cachecol preto, que lhe cobria metade do rosto.

- Que deprimente – falava o homem, agora observando os mendigos brigando por um pássaro morto, era o único sinal de vida que tinha naquele lado da cidade.

O estranho homem pulou da tocha da enorme estátua, que estava mal cuidada e muito feia, por sinal. Ele sentia o vento no seu rosto, enquanto ouvia o som do seu casaco se debatendo no vento, ainda em seu corpo. Ele cai de pé no chão, e com um enorme e anormal salto, ele estava no local onde os mendigos estavam brigando, estes levaram um susto quanto viram o ser se aproximar de tal maneira. Ele se aproximava dos dois mendigos, que agora estavam com medo dele. A fogueira da lata de lixo revelou que o homem tinha uma cabeleira dourada e enormes olhos azuis.

- Não tenham medo – tranqüilizava o homem, colocando suas mãos nos bolsos do jeans e tirando dois chocolates, entregando um para cada mendigo.

Os dois mendigos estranharam, mas aceitaram o chocolate.

- Muito obrigado – agradecia um deles. Eu me chamo Michael, e ele Johnny. Ele é mudo.

- Eu me chamo Páris – falava o homem. – Venham comigo, eu lhes levarei até um abrigo, onde tem mais gente… Que som é este?

Páris ouvia um barulho de várias motos se aproximando. Não precisaria ser um gênio para saber que ele teria que, mais uma vez, utilizar a força bruta.

- Afastem-se, ou vocês podem acabar se machucando – alertou Páris.

Dez motocicletas apareciam no local, com mais ou menos quinze homens. A décima primeira apareceu trazendo um enorme homem, careca e feio, com uma mulher muito bonita na garupa de sua moto. Ele fez sinal para a moça sair da garupa de sua moto. Ela obedeceu.

- Quem é você? Bem, não importa, mas parece que você tem comida – dizia em tom de ameaça o careca, que aparentava ser o chefe do bando de motoqueiros que cercavam o homem de cabelos dourados.

- Não tenho. Não para pessoas como você – disse Páris, friamente, seus olhos fuzilando o careca.

Os dois mendigos já estavam escondidos, ele já poderia usar sua força bruta.

- Rapaz, você quer morrer? Pois é isso que lhe vai acontecer, caso você não nos dê comida. Parece que você sabe onde é o depósito onde um grupo de mendigos se ajuda. Diga-me onde é. Agora!

- Retire-se daqui imediatamente e eu prometo esquecer seu rosto – ameaçou Páris.

O careca riu, e os outros motoqueiros, para puxarem o saco, também riram.

- Vamos torturá-lo, então. Até ele abrir a boca – disse o chefe do bando, descendo de sua moto e pegando uma enorme barra de ferro no chão. – Agora você vai aprender bons modos do jeito antigo!

O careca mostrava saber manusear a barra de ferro. Ele corria na direção de Páris, planejando lhe acertar um ataque horizontal na barriga, porém, este desvia facilmente. É possível ver sangue manchar uma parte dos escombros de New York. O careca estava ajoelhado no chão, com as duas mãos na boca, pois estava sangrando. Páris estava com a barra de ferro apoiada nos seus ombros, e com o pé direito sobre uma enorme pedra, que deveria pertencer há algum prédio que hoje estava destruído.

- Quem é o próximo? Se quiserem, podem vir todos de uma vez – sugeriu Páris, jogando a pesada barra de ferro para longe, como se fosse uma pena.

Um dos motoqueiros pegava uma pistola 9 mm, e apontava para o rosto do homem de cabelos dourados. Ele disparou e no mesmo momento foi arremessado por uma força invisível, e Páris havia sumido.

- Onde ele está? – perguntou um dos motoqueiros, que tentava achá-lo.

O mesmo motoqueiro é segurado pela cabeça, e arrastado até o centro do círculo formado pelos motoqueiros, e arremessado para longe.

- Vamos pegá-lo! – exclamou um dos motoqueiros, e todos os outro começavam a aquecer os motores de suas motos. – Você vai rezar para nunca ter nascido, loirinho!

Todas as motos iam à direção de Páris, que continuava com uma calma aparência. Todos os motoqueiros se armavam com canivetes e katanas, que passavam ao lado dele, visando cortá-lo em alguma parte do corpo, mas sem sucesso, Páris desviava facilmente de todos os golpes, derrubando os motoqueiros de suas motos. Em poucos segundos, todos eles estavam no chão, se contorcendo de dor. Alguns momentos depois, com certa calma e serenidade, Páris falou:

- Vocês quarem ir andando, não? Pois eu terei que levar essas motos.

Os motoqueiros ainda se contorciam de dor pela queda que cada um levara. Páris voltava à atenção para os mendigos.

- Vocês sabem pilotar motos?

- Eu sei – respondeu o mendigo chamado Michael.

- Ótimo!

Páris e os mendigos, cada um com uma moto diferente, iam até o único lugar onde tinha vida na cidade que hoje estava morta.

Os três caminhavam na direção dos escombros do Word Trade Center. Só uma das torres estava de pé, a outra estava pela metade. Mal haviam sido reconstruídas e logo foram destruídas pelos capangas de Apolo.

- É por aqui – avisou Páris, enquanto olhava pelos lados, para ver se ninguém estava olhando.

Ele se levantou da moto, e se agachava. Ele tirou um pouco de neve do chão com a sua mão, mostrando um tipo de teclado com números. Lembrava uma calculadora que estava presa no chão. Ele digitou quatro números no teclado, e uma enorme porta de aço se abria no solo, mostrando uma rampa que levava ao subsolo. Páris e os mendigos pilotavam a moto, descendo pela rampa, e em seguida a enorme porta se fechou.

O que parecia ser um esconderijo era um lugar muito limpo e amplo, que era dividido em três lugares: dormitório, refeitório e um enorme salão, com uma televisão antiga, um tapete velho e um sofá marrom. Tinham vários filmes em DVD de todos os tipos, desde “O Silêncio dos Inocentes” até “Procurando Nemo”. Várias pessoas estavam dormindo no dormitório, duzentas pessoas, mais ou menos, na maioria eram velhos e crianças. As luzes já estavam apagadas, e todos dormindo.

Páris fez sinal para Michael e Johnny se acomodarem em camas vazias. Mas ele foi até o sofá, onde tirou o casaco e o cachecol. Aparentava ter mais ou menos vinte anos. Em seguida, uma linda jovem de cabelos loiros e compridos, vestindo um jeans bem velho e uma camiseta justa e branca, se sentava também no sofá.

- Você se machucou? – perguntou a jovem, acomodando sua cabeça no peito de Páris.

- Claro que não – respondeu ele, acariciando a cabeça dela. – E você? Não conseguiu dormir?

- Claro que não, Páris. Fiquei preocupada.

Ele dava um beijo na testa dela, com uma expressão exausta. Ela aparentava ter quase a mesma idade dele, embora aparentasse ser mais nova. Seu nome era June.

- Eu trouxe mais dois aqui hoje.

- Eu vi. Onde você os encontrou?

- Eles estavam brigando por comida. Dei dois chocolates para eles.

- Onde você achou chocolate?

- Eu achei muitos suprimentos. Um supermercado congelado. Eu o cobri. Toda a comida deve estar boa – mentiu.

- Que bom – disse June, fingindo acreditar.

- Sim.

June se aconchegava mais no corpo de Páris, beijando-o, mas ele a interrompeu, e falou:

- Aqui não. Qualquer um pode acordar.

- Está bem – respondeu ela, enquanto o abraçava. – Eu te amo, Páris.

Ele a abraçou, e em seguida, os dois dormiram.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

CDZ - A Nova Era

Prólogo

- Foi há muito tempo – dizia o Grande Mestre, sentado no seu trono –, meus amigos morreram. Companheiros de batalha que lutaram pela paz e a justiça na Terra. Isso foi há mais de duzentos anos. A batalha contra Chronos, o complô de Gêmeos, o despertar de Poseidon, a guerra contra Hades, a vitória contra Ártemis, tudo não se passou de algo insignificante para o que está por vir.

O Mestre do santuário se levantava do trono, correndo os olhos sobre o vasto salão. Ele começava a ter lembranças das batalhas que teve quando jovem. Suas cicatrizes, seus pecados, seus punhos que fediam sangue mesmo depois de tantos anos. Ele sabia que não iria para o céu quando morresse. Sua lista de mortos era enorme, se olhassem, diriam que é uma lista telefônica. Ele sempre tivera pesadelos com suas vítimas, mesmo tendo fama de durão. Porém, ultimamente, ele só teve sonhos com um bebê, em um berço. Bebê este que era Athena, Palas Athena, filha de Zeus, que estava pronta para nascer novamente.

- As estrelas dizem que o despertar de Athena trará paz para este mundo, no qual o equilíbrio foi afetado por Apolo. Há duzentos e catorze anos este momento é esperado por mim. Na virada do século, hoje à meia noite, Athena nascerá e reinará novamente mantendo o equilíbrio entre as trevas e a luz.

O Grande Mestre se sentava de novo, não podendo disfarçar um enorme sorriso por trás do seu elmo dourado. Duzentos anos depois, ele iria reencontrar a deusa. Em pouco tempo a deusa voltaria para o seu Santuário sagrado. Ela voltaria para casa.

Já era mais de meia noite. O Grande Mestre estava para morrer de tanta ansiedade, que era disfarçada pelo seu Elmo Dourado. Um homem encapuzado com um bebê de cabelos ruivos no colo batia no enorme portão de madeira do salão do Mestre, que se abriu sozinho. O misterioso homem entrava, e o Mestre logo levantou, se dirigindo ao homem que segurava em suas mãos Athena. O Mestre olhava para o homem misterioso, que continha seu rosto em segredo pelas sombras de seu capuz negro, que logo após entregar a deusa aos braços do Mestre, ficou de joelhos, para reverenciar o sacerdote do Santuário.

- Ótimo trabalho, meu jovem – dizia o mestre em tom de agradecimento, fazendo sinal para o homem levantar.

- Essa foi a maior honra da minha vida, Grande Mestre – respondeu o homem, levantando lentamente.

O Mestre do Santuário acreditava que em pouco tempo seria possível restaurar a paz no mundo, mesmo depois de toda a discórdia, sangue e dor causada por Apolo. Mesmo sendo um bebê, Athena emanava uma altíssima energia cósmica, que podia ser sentida de longe. O despertar da deusa não era um segredo para o Deus do Sol.

- Então ela despertou – falava um homem que observa toda aquela cena através de uma esfera amarela, que flutuava no ar.

O misterioso ser de cabelos púrpuro sentado em um trono era Apolo, irmão de Athena, e atual Deus Supremo. Ele fazia sinal para um misterioso guerreiro de olhos negros e cabelo azul, que trajava uma armadura dourada que lembrava um cavalo, aproximar-se.

- Sim, meu senhor – disse o homem, ficando de joelhos.

Apolo, com um leve sorriso no rosto, responde:

- Você está pronto para matar um Deus?

O guerreiro fez cara de espanto. Ele não estava entendendo a pergunta de seu senhor.

- Você matará Athena.

- Mas meu senhor – dizia o homem, espantado –, sem a Deusa, o equilíbrio na Terra será afetado!

O Deus do Sol parecia ignorar o que seu guerreiro falava. Ele se levantara de seu trono, e servia-se de vinho em um cálice dourado.

- Não seja inocente – respondia Apolo secamente, dando um leve gole de vinho –, não existe mais esse equilíbrio. A única coisa que existe agora é: o que eu quero e o que eu não quero fazer.

O guerreiro de Apolo não parecia muito satisfeito com o que ele acabara de ouvir. Ele olhava para o nada, pensando em algo que convencesse Apolo a desistir de querer matar Athena.

- Ande logo – continuava Apolo –, só existe um Cavaleiro de Ouro lá, no momento. Você não terá problemas. Derrote-o, mata o Grande Mestre, e retorne com a cabeça de Athena.

- Mas Athena é só um bebê! Não posso arrancar a cabeça de uma criança!

O Deus do Sol espantou-se com o levantar de voz de seu guerreiro. Lançou um olhar de censura para o homem de traje dourado, que olhava para o chão.

- Me obedeça. Agora, meu caro… vá!

O guerreiro, se levantando, fez sinal afirmativo com a cabeça.

- Eu farei este serviço, senhor. Com licença.

O Guerreiro saía do salão de Apolo, pensando no que faria. Ele não era um assassino, muito menos de crianças. Mas não tinha jeito. Ele teria que matar a deusa. Ele perdera a irmã mais nova há pouco tempo, ele nem imaginava, nem mesmo em seus piores pesadelos, matar uma criança..

- Eu farei isso, nem que a minha alma arda no inferno.

O guerreiro corria na velocidade da luz para o Santuário, com lágrimas nos olhos, pelo fato de ter que matar um inofensivo bebê.

- Um grande cosmo se aproxima – alertava o Mestre do Santuário. – Ele acabou de chegar. Rápido, corra para a casa de Áries!

O homem encapuzado também sentia um cosmo, mas não parecia ser de um inimigo. Mas não foi preciso um segundo aviso para ele descer correndo até a primeira Casa Zodiacal.

Já estava de noite, a escuridão tomava conta da Casa de Áries. Aparentemente, ela estava vazia, mas o misterioso homem encapuzado sentia um cosmo poderoso. Era um cosmo comparado a de um Cavaleiro de Ouro.

- Quem está aí? – perguntou.

- Eu!

Podia-se ver um homem com uma armadura brilhante e dourada, com seu rosto escondido pelas sombras.

- Quem é você?

- Eu me chamo Aquiles de Cavalo – falava o guerreiro de Apolo, saindo da sombra e revelando o seu rosto. – E o seu nome, Cavaleiro?

- Eu me chamo Heitor de Leão!

O Cavaleiro revelara seu rosto. Ele tinha cabelos dourados e olhos azuis, ele tinha cerca de quinze anos. Seu cosmo inflamava pronto para a batalha.

- A casa de Áries será o seu túmulo – exclamou o Cavaleiro de Leão, se preparando para atacar.

Aquiles começava a se sentir ameaçado pelo cosmo do Cavaleiro de Ouro, então logo ele se pos numa posição de defesa, também inflamando o seu cosmo hostilmente.

- É o que veremos – respondeu o guerreiro de Apolo, que corria erguendo o punho direito pronto para atacar.

Aquiles acerta um soco no rosto de Heitor, que não conseguiu desviar, mas em seguida lhe responde um chute vindo de cima para baixo no queixo dele, aproveitando o impulso do soco que ele acabara de levar. Os dois se chocaram nas colunas que se encontrava em lados opostos da primeira Casa Zodiacal.

- Você é bom – disse Heitor, limpando o sangue de sua boca enquanto se levantava.

- Você também – respondeu Aquiles, se levantando rapidamente.

Heitor começava a sentir uma presença familiar na Casa de Áries, e isso o preocupava.

- Vamos acabar logo com isso – propôs Aquiles, interrompendo a concentração de Heitor, que procurava o dono do fraco cosmo.

- Muito bem. Não pouparei esforços para te matar. E espero o mesmo de você.

- Tudo bem, então.

Aquiles e Heitor. Ambos se preparavam para usar seus mais poderosos e devastadores ataques. A Casa de Áries viraria um lago de sangue se dependesse da vontade deles. Os dois se encaravam. Olho por olho, punho por punho. Era possível sentir as energias cósmicas deles há quilômetros de distância. Leão contra Cavalo.

- Estou preparado – dizia Heitor.

- Ótimo. Espero que você também esteja preparado para morrer. Mas não se preocupe. Eu lhe darei uma morte rápida. Prometo.

- Agradeço a sua bondade. Mas você que terá uma morte rápida.

Os dois se calaram. Eles ainda se encaravam nos olhos enquanto davam pequenos passos em círculos pela Casa de Áries. As energias cósmicas de ambos estavam elevadas ao máximo.

- Leão de Fogo – exclama Heitor, que ao dizer tais palavras, suas mãos criam um enorme leão de fogo, que ferozmente corria contra o guerreiro do Deus do Sol.

Aquiles desembainha uma espada dourada do ar, e com um rápido movimento vertical, rachando o solo, partia o leão em chamas ao meio.

quarta-feira, 16 de abril de 2008